"Como indústria nós já choramos muito. Agora é tempo para olhar para frente e vamos voar", disse o presidente da Azul, John Rodgerson, na saída de um evento da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav).
Depois do pior da pandemia, em abril, a procura por transporte aéreo tem se recuperado mês a mês. A demanda, segundo os executivos, existe sobretudo diante de um mercado com preços mais baixos para os bilhetes por causa do excesso de oferta. O desafio agora é convencer o passageiro a voltar a voar.
A aposta ainda é no turismo local. A demanda por voos no mercado doméstico do Brasil (medida em passageiros quilômetros pagos, RPK) apresentou queda de 67,5% em agosto na comparação com igual mês de 2019, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Outra reconfiguração do mercado é o desaparecimento da demanda corporativa, fundamental para as aéreas. Segundo cálculos, hoje cerca de 90% dos passageiros viaja a lazer. Não há cenário de quando - e se - a demanda voltará totalmente, principalmente com a popularização de reuniões on-line. O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, ressaltou os esforços do setor para conseguir promover um transporte seguro, ao longo de toda a cadeia.(AE)