Um percurso de 1.179 quilômetros, que passa por montanhas, litoral, áreas verdes e por ícones arquitetônicos, além de atrações culturais, históricas, artísticas e gastronômicas. Três Estados - Rio, Minas e Goiás - e o Distrito Federal se juntam na criação da Via Liberdade, rota turística lançada em abril que passa por 307 cidades. Além de fomentar a visitação, a ideia é celebrar o bicentenário da Independência do Brasil, comemorado em setembro.
A escolha dos destinos, ao longo da Rodovia BR-040, privilegiou espaços simbólicos desde a fase do Brasil Império no Rio, passando pelos movimentos libertários em Minas, a conquista do interior, em Goiás, e a criação de Brasília.
No roteiro, há sete Patrimônios Culturais da Humanidade: o Cais do Valongo e o Sítio Burle Marx, no Rio; a Serra do Espinhaço, em Ouro Preto, a cidade de Congonhas e a Pampulha, em Belo Horizonte, o Caminho de Goiás e Brasília, além das regiões do Grande Sertão Veredas e o Rio São Francisco.
Incentivo
O objetivo principal é fomentar o turismo das cidades envolvidas e, por consequência, o desenvolvimento territorial e econômico das regiões nos próximos cinco anos. O investimento total na Via Liberdade é de cerca de R$ 12 milhões para fomento e estruturação do turismo.
Mais de R$ 4 milhões foram destinados em acordo de cooperação firmado entre o governo de Minas, a Fecomércio, Sesc e Senac para ações de capacitações, promoção, marketing turístico e intercâmbio cultural.
"O trajeto inteiro conta com cerca de 70% dos patrimônios históricos tombados do País", afirma o secretário de Cultura e Turismo de Minas, Leônidas de Oliveira.
Recuperação
Segundo o Estado, a trégua da pandemia propiciou uma maior ocupação dos hotéis no Estado: a taxa de ocupação é de cerca de 90%. Mas em alguns pontos, como em Belo Horizonte, esse índice está baixo - em torno de 45%.
"Torcemos para que a retomada econômica venha", afirma Fernando Guimarães Rodrigues, proprietário e fundador de uma queijaria. "Sofremos muito com os quase três anos de pandemia, reduzimos demais a produção", conta ele, cujo negócio fica em Rio Acima, a menos de uma hora da capital. Além do queijo, café, doces e vinhos são outros produtos gastronômicos de destaque desse roteiro. (AE)