Ao que indica, a investigação terá novas etapas, pois os policiais apreenderam novos documentos. O trabalho da PF é realizado em parceria com a Receita Federal, que compartilha documentos que possibilitaram identificar possíveis fraudes fiscais.
Foram cumpridas ordens judiciais para bloqueio de 170 imóveis registrados em nome dos investigados, com valor total estimado em R$ 80 milhões, além da apreensão de veículos. “Mas eles não eram os verdadeiros proprietários. O dinheiro para aquisição saiu daquele universo primeiramente investigado”, disse o delegado, referindo-se à cifra que pode ser superior a R$ 1 bilhão.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Novo Hamburgo, Estância Velha e Campo Bom. Além disso, houve cumprimento de mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, no Espírito santo, com o total de cinco prisões temporárias decretadas.
Segundo o delegado, causou surpresa o fato de além do primeiro escalão, o número de envolvidos que Indeal utilizou para ocultar os seus bens. “Ainda não é possível dizer quantos estão envolvidos. Vai depender de tudo aquilo que estamos levantando”, ressalta.
Sobre a restituição de valores às vítimas da Indeal – a empresa tinha 23,2 mil clientes cadastrados em todo o País – a Polícia Federal esclarece que isso ocorre na esfera cível. Todos os bens dos sócios são rastreados por meio das investigações, identificados e bloqueados, permanecendo à disposição do Poder Judiciário.
Já existe uma ação na Justiça contra os indiciados na primeira fase, entre eles os cinco sócios da Indeal, que respondem por crime contra o sistema financeiro e organização criminosa.